quarta-feira, 13 de maio de 2015

Amamentação Livre Demanda... Porque aderir??


A mais recente cartilha de pediatria publicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) arrematou antigas recomendações sobre cuidados com os bebês. Entre as indicações revisadas, e talvez a mais libertadora para as mães, está a que trata dos horários da amamentação. "A mãe é aconselhada a dar o peito sempre que seu filho solicitar", explica Valdenise Tuma Calil, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da SBP. Ou seja, não é preciso se angustiar com os choros famintos até que se estabeleça uma rotina alimentar, o bebê deve mamar quando e quanto quiser. Dessa maneira, vai aprender a lidar também com a saciedade, o que reduz o risco de obesidade no futuro.



Livre demanda é isso... deixar o bebê mamar quando e quanto quiser, seja por fome, necessidade de sucção ou simplesmente saudade. Ele é quem vai determinar quando quer mamar e quanto tempo quer mamar. É deixar o bebê no seio até ele ficar satisfeito e soltar o seio espontaneamente. É dar o peito sempre que o bebê tiver fome, o que não significa que todas as vezes que ele chora, ele está com fome. Pode estar precisando apenas de colo, de contato físico e o peito pode ser oferecido como conforto para essas situações também. É amamentar sempre que o bebê e/ou a mãe tiverem vontade.



Na livre demanda não existe regra, cada bebê faz o seu ritmo. O bebê acaba criando uma rotina espontaneamente, mas vai ter dias em que ele vai mamar com muito mais freqüência e dias em que vai mamar menos. Se o dia estiver quente ele pode querer mamar mais, se estiver cheio de novidades pode querer menos.

Nos primeiros três meses a livre demanda tem especial importância, pois a produção de leite está se estabelecendo perante as necessidades do bebê e colocar horários neste período pode ser perigoso para o estabelecimento da produção futura. Além de que, nos três primeiros meses tudo é novidade para mãe e filho. Esta é uma fase de adaptação mútua, em que o bebê precisa se adaptar à vida fora do útero, pois seu organismo ainda é imaturo, pode ter cólicas, pode precisar de aconchego, de colo, sentir que está seguro aqui como estava lá dentro. Assim, a amamentação em livre demanda é uma continuidade da gestação, onde o bebê era nutrido continuamente.

Cada bebê tem uma necessidade diferente, ele pode precisar no começo mamar a cada hora ou mesmo ficar mais de 40 minutos mamando, assim como de uma hora para outra ele pode passar a querer mamar apenas poucos minutos e menos vezes ao dia. Durante o aleitamento exclusivo, nos primeiros seis meses de vida, a livre demanda garante que o bebê seja nutrido e hidratado adequadamente. Nos dias quentes ele pode ter mais sede e mamar mais, bem como quando estiver em um pico de crescimento e pode precisar mamar mais.

A livre demanda é uma forma de garantir que ele estará recebendo tudo o que precisa. Também é importante porque o leite materno muda no decorrer da mamada e até mesmo com o intervalo entre as mamadas. Nela, o bebê controla o quanto quer ficar no seio e os intervalos entre as mamadas, assim ele controla o quando está ingerindo, pois ele bem sabe o quanto precisa.

A amamentação em livre demanda pode ser mantida mesmo quando a mãe volta a trabalhar., Quando a mãe estiver ausente, seu leite pode ser oferecido com horários, mas nos momentos em que estiver com o bebê pode continuar amamentando em livre demanda. 

Mesmo com a introdução de alimentos a livre demanda pode ser mantida, já que o principal alimento para o bebê até um ano continua sendo o leite materno, sendo os alimentos apenas um complemento a este. Assim, o bebê sabe o quanto precisa ingerir e aos poucos vai se adaptando aos alimentos, e vai passar a comer mais e mamar menos. A mãe não se torna uma escrava do bebê, ela apenas respeita o seu tempo para criação de um ritmo.

A amamentação em livre demanda pode ser mantida até o desmame, já que em uma relação saudável entre mãe e filho, a criança vai adquirindo segurança e desmamando naturalmente, no seu tempo, que pode variar muito de uma criança para outra.



Os pontos positivos
A nova orientação da SBP se baseia nas vantagens que a liberdade de horário na alimentação do recém-nascido traz. Geralmente, a criança que mama, quando quer, perde menos peso depois do nascimento e estimula mais a lactação da mãe. Dessa maneira, a descida do leite e a produção láctea são melhores e mais adequadas. A mamada livre também previne a dor e o endurecimento da mama pelo leite congestionado, além de colaborar para conter a ansiedade do bebê, que prejudica todo o processo.

A recomendação de alimentar o bebê em intervalos regulares de três horas é mais adequada aos casos em que a criança está sendo alimentada com fórmulas infantis - como leite de vaca modificado. Devido à composição e à difícil digestibilidade desses leites, o esvaziamento gástrico e a sensação de fome podem demorar mais. Na amamentação, é diferente: o leite materno é fácil de digerir, logo o bebê sente fome antes. É recomendado que os pais se esforcem para reconhecer os sinais de fome e aprendam a diferenciá-los de outros tipos de choro


De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o leite materno deve ser oferecido até os 6 meses como o titular da alimentação. Depois, ele deve ser mantido, mas começa também a introdução de papinhas e outras alternativas, até que a criança complete 2 anos. No Brasil, os números indicam que essa recomendação está longe de ser seguida. Em média, as mulheres conseguem amamentar apenas até os 2 meses.




É preciso persistir

Diferentemente do que se idealiza, muitas vezes, as mulheres se deparam com alguns desafios que podem desestimular a amamentação. Não raro, o bico dos seios racham e doem no começo, além do cansaço físico e emocional da mãe e a cobrança da sociedade e da família. Há motivos de sobra para insistir na prática. Para começar, os benefícios para a saúde do bebê, já que o leite materno carrega nutrientes e garante os anticorpos essenciais de que ele precisa. A proximidade e o aconchego no momento da mamada reforçam o vínculo entre mãe e bebê. Sem contar (por que não?) o empurrãozinho que a amamentação proporciona na recuperação da forma da mulher depois do parto. Uma vez superados os obstáculos iniciais, tudo fica mais simples e gostoso.





E você, é a favor ou contra a livre demanda?? 
Eu acho super válido para o vinculo entre mãe e bebê! Acho a amamentação um momento tão lindo, tão sublime...!!


Beijos Mariana

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