segunda-feira, 11 de maio de 2015

A importância da imunização na gravidez!!


A imunização contra determinadas doenças é muito importante em diversos períodos da vida, e durante a gravidez e pós parto isso não é muito diferente. Existem algumas vacinas de extrema importância, tanto para a saúde da mulher, quanto para a do filho. Por isso, saiba quais as vacinas você precisa tomar.
Os anticorpos, as células de defesa da mãe são transferidos ao feto durante a gestação e, após o nascimento, eles chegam ao bebê por meio da amamentação. Assim, mesmo sem ter tomado injeções, seu filho estará protegido contra algumas doenças nos primeiros meses de vida. Apesar de o ideal ser se vacinar antes de engravidar, algumas imunizações também podem acontecer durante a gestação e no período imediatamente posterior ao parto.
Então, encontre a sua caderneta de vacinação e veja quais são os imunizantes que podem e devem ser tomados. Lembrando que estas vacinas devem ser tomadas apenas se a mulher não foi imunizada previamente, não sabe se já foi vacinada, ou caso seja necessária uma dose de reforço.

Vacinas recomendadas para grávidas
Tratam-se de compostos inativados, nos quais os micro-organismos estão mortos. Neste caso, o risco para a gestante e para o bebê é zero. Tomar as três vacinas desta lista é necessário para evitar problemas de saúde na gestante, no feto e também no recém-nascido.


Influenza
Por que é importante: esta vacina é essencial, pois tanto a gripe comum como a gripe A são mais graves durante a gestação. Em 2010, quando as gestantes ainda não estavam incluídas na campanha de vacinação contra a gripe, as grávidas representaram 24% das mortes devido ao H1N1. Já em 2011, ano em que passaram a participar da campanha, o número de óbitos de gestantes caiu para 7% do total, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, ao herdar os anticorpos da mãe na gestação, o bebê já nasce mais protegido. Com a vacinação da grávida, o bebê, que só pode tomar a vacina da influenza a partir dos seis meses de vida, têm suas defesas fortalecidas para enfrentar a gripe.
Quando tomar: a Influenza pode ser tomada em qualquer fase da gestação. Consiste em uma dose única e está disponível gratuitamente para as grávidas em postos públicos de vacinação. Ela é contraindicada para pessoas com histórico de reação alérgica a ovo.

Hepatite B
Por que é importante: a hepatite B costuma não apresentar sintomas, mas as manifestações mais comuns são vômitos, dores musculares, náuseas e mal-estar, entre outros. A doença gera a inflamação do fígado e a maioria das pessoas se cura depois de duas semanas. Porém, entre 5% e 10% dos adultos ela se torna crônica e pode evoluir para cirrose ou câncer no fígado. Estima-se que 350 milhões de pessoas no mundo tem a hepatite B crônica e não sabem. Caso a mulher contraia o vírus durante a gravidez, a situação se complica, pois a transmissão para o bebê pode ocorrer durante a gestação ou, principalmente, no momento do parto. Em recém-nascidos, as chances de a hepatite B evoluir para uma hepatite crônica é de 90%, de acordo com o Ministério da Saúde, por isso os bebês recebem a primeira dose contra hepatite B logo após nascerem.
Quando tomar: a mulher pode receber esta vacina a partir do segundo trimestre de gravidez e são três doses. Esta vacina está disponível em postos públicos de vacinação para as gestantes e não é preciso reforço.



Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) ou dupla do tipo adulto (dT)
Por que é importante: a vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) proporciona imunidade contra difteria, tétano e coqueluche — enquanto a dupla tipo adulto (dT) protege apenas contra as duas primeiras doenças — e, desde novembro de 2014, ela está disponível no Sistema Único de Saúde - SUS. A incorporação da vacina dTpa ao calendário nacional da rede pública tem o objetivo de proteger os recém-nascidos contra a coqueluche, que é uma doença muito grave em bebês, em especial naqueles com até 3 meses de vida. Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que causa um quadro inflamatório nas vias respiratórias e, em situações extremas, pode ocasionar a morte por insuficiência respiratória.
A coqueluche era uma doença que vinha sendo reduzida a cada década, mas voltou a aparecer nos últimos anos. Para se ter uma ideia, entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos em bebês menores de três meses, ou seja, 35% de todos os casos do país neste período, que foram 14.128. Essa faixa etária é ainda mais afetada em relação aos óbitos. No período, foram 204 óbitos — o que representa 81% do total nacional, que foi de 252 mortes. Por isso é importante que a gestante seja imunizada, para que possa transmitir suas células de defesa para o filho por meio da placenta e, após o parto, pela amamentação, para que o bebê fique protegido até que ele receba sua própria imunização — nas crianças, ela é feita com três doses da vacina Pentavalente (DTP, hepatite B e HiB), aplicada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Aos 15 meses e aos quatro anos de idade, o pequeno recebe o reforço com a vacina DTP.
Já o tétano também pode ser muito grave tanto nas mães quanto nos bebês que acabaram de nascer, configurando um quadro de tétano neonatal. A bactéria por trás do problema produz uma toxina que paralisa os músculos, inclusive os da respiração, levando a uma parada respiratória e, consequentemente, à morte.
Finalmente, a difteria é uma doença bacteriana que, em casos extremos, pode provocar um edema importante no pescoço, levando à asfixia, o que é especialmente perigoso em recém-nascidos. Como o pequeno só poderá ser vacinado contra estas doenças aos 2 meses de vida, é importante que a mãe o proteja, ao se imunizar.
Quando tomar: se a mulher não tomou nenhuma dose dessa vacina antes de engravidar, é necessário tomar duas doses da dupla adulto (dT), com intervalo de no mínimo 30 dias e complementar com a dTpa. Caso a mulher tenha tomado uma dose da dT antes da gestação, ela deverá reforçar o esquema com mais uma dose da dT e outra da dTpa. Já para as mulheres que se preveniram com duas ou mais doses da dT, a dTpa pode ser administrada com apenas uma dose. Mulheres grávidas devem tomar uma dose da dTpa em cada gestação, independente de terem tomado anteriormente. O Ministério da Saúde recomenda, ainda, que a aplicação da dose de dTpa ocorra entre as 27ª e a 36ª semanas de gestação — período que proporciona maior proteção para a criança, com efetividade estimada em 91%. Entretanto, a dose também pode ser administrada até, no máximo, 20 dias antes da data provável do parto.



Vacinas liberadas casos específicos
Os riscos de contrair algumas doenças não são tão altos para a maioria das gestantes, por isso elas não são indicadas a todas elas. Saiba se você precisa se imunizar!

Hepatite A
Por que é importante: esta vacina não é prioritária para a gestante, mas pode ser considerada em mulheres suscetíveis. Em adultos, a hepatite A gera uma inflamação no fígado e pode apresentar sintomas como dores musculares, náuseas, vômito, cansaço e mal-estar. Porém, em alguns casos, ela pode ficar mais grave. Recomendação: a vacina é indicada para grávidas em condições específicas. É o caso de uma mulher que vai viajar para um local em que a estrutura sanitária não é boa, por exemplo. Como a hepatite é transmitida por meio de alimentos ou água contaminados, a recomendação é que gestantes que trabalham em creches, na área do saneamento básico ou com alimentos, como cozinheiras ou nutricionistas, também se protejam.
Quando tomar: esta vacina é inativada e pode ser tomada a partir do segundo trimestre de gestação e é aplicada em duas doses. Não é preciso um reforço e a vacina não está disponível em postos públicos, somente em clínicas privadas de imunização.

Meningocócica conjugada
Por que é importante: a meningite pode ser causada por vírus ou bactéria, esta última é mais grave e se divide em pneumocócica e meningocócica. As vacinas contra a segunda são recomendadas para adultos saudáveis. Como a meningocócica se ramifica em A, B, C, W e Y existem dois tipos de vacinas, uma apenas para o C, que representa 80% dos casos de meningocócicas, e outra que abrange A, C, W e Y. Ainda não há imunização para o tipo B. A doença pode levar à paralisia, perda da visão, audição e funções cerebrais.
Recomendação: esta vacina é indicada para as gestantes somente em casos de surtos de meningite. A grávida que nunca tomou a vacina ou foi imunizada há mais de cinco anos deve receber a aplicação, que consiste em apenas uma dose e está disponível em clínicas privadas de imunização.
Quando tomar: durante a gestação, quando for detectado o surto do problema.




A imunização é de extrema importância tanto para a saúde da mãe, quanto para o bebê. Então, não deixe de verificar a sua caderneta de vacinação para colocar em dia as vacinas que estão faltando. 
Existem ainda algumas vacinas que devem ser tomadas no pós parto e outras que não devem ser tomadas por gestantes... mas sobre isso, falarei no próximo post ok?!?!


Beijos e Boa segunda feira , Mariana 


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